APRESENTAÇÃO

Este portal é fruto da Plenária dos Movimentos de Base realizado no Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT), nos dias 05 e 06 de junho de 2010 na cidade de Santos. O Fórum tem como objetivo organizar a luta dos trabalhadores pela base e por isso se constitui com ativistas, militantes, oposições e organizações por local de trabalho, estudo e moradia. Suas ações são pautadas no classismo e na solidariedade de classe, de modo a romper o legalismo e o corportivismo. Tal Fórum compreende a necessidade de um movimento de oposição pela base que seja anti-governista, combativo e classista, ou seja, não concilie com o governismo e lute pelo fim da estrutura sindical (imposto sindical, carta sindical e unicidade sindical).

“A emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores”

domingo, 5 de dezembro de 2010

Pela solidariedade de classe em defesa do professor Marcléo


O professor Marcléo Rosséli é conhecido por sua l
onga e enérgica trajetória de lutas em prol das causas populares e do seu ativismo em defesa de EDUCAÇÃO E SERVIÇOS PÚBLICAS, DEMOCRATICOS E DE QUALIDADE. O companheiro é membro fundador da Conlutas - Distrito Federal e Entorno. Por empregar uma pedagogia progressista nas escolas públicas que trabalhou, ter denunciado irregularidades e abusos de autoridade das gestões da administração pública onde passou, por ter atuado enquanto oposição às burocracias sindicais Cutistas, o companheiro vem sofrendo sistematicamente perseguições políticas, assédio moral e estigmatização social, sem contar as calúnias, salários cortados, tranferencias arbitrarias de locais de trabalho, rebaixamento em suas notas de estágio probatório, processos administrativos de demissão sem direito a defesa, adoecimento de sua saúde e precariedades financeiras, entre outros flagrantes abusos.

Aprovado em concurso público para a Fundação Educacional do DF na década de 90 foi injustamente demitido no período de seu estágio probatório através de um processo administrativo recheado de vícios e ilegalidades durante a gestão de Roriz e Eurides Brito (a mesma que foi filmada no escândalo do mensalão do DEM-DF, conhecida pelo seu autoritarismo e abuso enquanto Secretaria de Educação). Durante a gestão de Cristovam Buarque foi formada uma comissão revisora do seu processo contando com membros do Simpro-DF. Porém, por fazer parte do bloco de oposição ao sindicalismo pelego, foram retiradas as questões mais graves e absurdas na tentativa de dar legalidade e legitimidade ao processo, mantendo a maior penalidade: demissão do serviço público ao professor. Sendo de origem humilde e sem maiores recursos ou apoios, o companheiro ainda não conseguiu sua reintegração e reabilitação.

Em março de 2004, o companheiro Marcléo prestou novo concurso para docente em Valparaíso de Goiás. Por manter sua postura de militante, ter liderando a mais longas greves da categoria, ter lutado juntamente com à comunidade pela retirada de um lixão da cidade, estar a frente da campanha vitoriosa pelo não fechamento do EJA(Educação de Jovens e Adultos), entre outras diversas ações, foi novamente perseguido pelo governo e pelos burocratas do sindicato local, ligados a CUT e ao PT.

A partir da urgente necessidade de defesa do companheiro foi formada, em 2010, a Comissão de Combate ao Assédio moral e à Criminalização dos Movimentos Sociais e seus Militantes DF/Entorno, composta por sindicatos, organizações do movimento estudantil e popular e independentes (tais como SINDÁGUA-DF, SINDICAL, UNIPA, RECC E SINDMETRÔ- GESTÃO 2008/2010). Devido a tudo isso faz-se necessário que a classe trabalhadora reaja aos ataques da burguesia e da burocracia sindical eleitoreira, na solidariedade àqueles perseguidos políticos. Devemos partir do justo e valoroso principio de que: mexer com um trabalhador é mexer com toda nossa classe!


Reagir aos ataques da burguesia, do Estado e das burocracias sindicais!
Contra atacar em defesa dos trabalhadores!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Declaração do I Fórum Nacional de Oposições


Os Fóruns, de Resistência Sindical e Popular pela Base, localizado no Rio de Janeiro e de Oposição Sindical, Popular e Estudantil localizado no Distrito Federal - iniciados por militantes e ativistas que organizaram plenárias no CONCLAT em Santos - organizaram um Fórum Nacional que diante do seguinte cenário Nacional no meio sindical-popular:

  • de liquidação da CONLUTAS e formação da CSP – Conlutas que gerou um processo desorganizativo no conjunto dos setores combativos que procuravam se organizar e lutar contra o governismo da CUT e CTB;
  • de práticas políticas que englobam decisões em cúpulas, crenças na pactuação com governo e empresários, greves fragmentadas, lutas corporativistas isoladas, corrupção nas direções sindicais, defesa do interesse de correntes políticas específicas e lutas travadas na burocracia que em nada somam para a consolidação de um movimento efetivamente de base comprometidos com as decisões e caminhos apontados pelos próprios trabalhadores em suas assembléias em seus locais de trabalho;
  • de um total atrelamento e controle dos sindicatos pelo Estado, através da Carta Sindical, Unicidade e Imposto Sindical; entendeu que é necessário iniciar uma efetiva reorganização do movimento sindicalpopular, tarefa muito mais complexa, séria e abrangente do que uma simples aliança de partidos e correntes sindicais.

Assim o FN deliberou:

  1. a criação de uma Fórum Nacional (Fn) como um espaço da base, que congrega trabalhadores, ativistas e militantes. Portanto, são os ativistas, militantes, comissões por local de trabalho, oposições e organizações dos trabalhadores que participam deste espaço;
  2. isso significa que o FN não é composto por partidos políticos, coletivos políticos e correntes sindicais;
  3. as ações das oposições, militantes e ativistas que compõem o Fórum são baseadas no classismo, na solidariedade de classe (internacional) como forma de romper com isolacionismo das lutas, assim devemos lutar contra o racismo e machismo, aqui entendidos como forma do capital aumentar a exploração e dominação sobre a classe trabalhadora, principalmente sobre negros e mulheres;
  4. A luta emancipatória da classe proletária é travada pela ação direta, aqui entendida como um conceito que representa a luta autônoma dos trabalhadores e sua anticonciliação com patrões e governos. Essa prática política é uma tradição de luta ampla, sem matriz ideológica definida. Para nós significa que nossa única arma é nossa organização e mobilização, e nossos aliados os próprios trabalhadores, retomando o lema da AIT: “ A Emancipação dos Trabalhadores será obra dos Próprios Trabalhadores”. É neste tipo de luta que a classe explorada e dominada adquire a solidariedade, organização e consciência necessárias para a realização de suas reivindicações.
  5. essa prática política tem como intenção romper com o legalismo e burocratismo que impera no movimento sindical brasileiro, e por isso é necessário nos organizarmos desde seu local de trabalho;
  6. Todo o poder tem que pertencer às assembleias com delegados eleitos e controlados pela base com mandatos imperativos e revogáveis.
  7. por sua vez as organizações por locais de trabalho devem formar uma Oposição interprofissional, de modo a romper com a fragmentação imposta pelo estado e pelo capital;
  8. essas comissões e oposições, assim como o FN deve pautar sua mobilização pela luta de melhores salários, menor jornada de trabalho e melhores condições de trabalho, estudo e moradia;
  9. as OLT, oposições e o FN, assim como os militantes e ativistas devem organizar os trabalhadores, iniciar a formação política destes e lutar para mobilizar as categorias através de greves interprofissional e geral;

Rio de Janeiro, 16 e 17 de Outubro de 2010.


Agitação/Atividades.

1) Panfletagem para o 20 de Novembro (dia da consciência negra). Prazo até 8 de novembro para entregar.

2) Organização de debate sobre Mario Alves dia 17 de Janeiro.

Orgão de Propaganda Nacional

Jornal "A Voz da Resistência"


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

CALENDÁRIO DO FÓRUM NACIONAL

DIAS 16 E 17 DE OUTUBRO

RIO DE JANEIRO/RJ

DIA 16/10

14:00 - 17:00
Conjuntura (avaliações nacionais, internacionais e do movimento Sindical-popular-CONCLAT)

17:30 - 20:30
Formas de Organização

DIA 17/10
9:00
Organização do Fórum (propaganda, coordenação, agitação) e Encaminhamentos.

Auditório do SINDSCOPE (Sindicato do Servidores do Colégio Pedro II),

Campo de São Cristóvão, n°. 177, bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CONVOCATÓRIA PARA O FÓRUM NACIONAL DE OPOSIÇÃO PELA BASE

Convidamos todos os lutadores a Plenária Nacional de Oposição pela Base a ser realizado no Rio de Janeiro. O Fórum se constituiu a partir das plenárias organizadas no CONCLAT em Santos (Junho de 2010) para discutir e encaminhar possíveis atuações unitárias dos setores classistas e combativos do movimento sindical, popular e estudantil.

O fórum de resistência sindical e popular pela base é uma iniciativa de militantes do movimento sindical, popular e estudantil contra as atuais práticas políticas que tem se observado nos principais espaços de organização dos trabalhadores. Estas práticas que englobam decisões em cúpulas, crenças na pactuação com governo e empresários, greves fragmentadas, corrupção nas direções sindicais, defesa do interesse de correntes políticas específicas e lutas travadas na burocracia nada somam para a consolidação de um movimento efetivamente de base comprometidos com as decisões e caminhos apontados pelos próprios trabalhadores em suas assembléias em seus locais de trabalho.

Nesse sentido, a primeira tarefa é o rompimento com a aliança velada com o governo e com as práticas corporativistas que tanto enfraquece nossas lutas. Devemos romper com as organizações fragmentadas e lutas corporativistas isoladas, típicas do sindicalismo de resultados, e construir organizações unificadas de luta pela base. A reorganização efetiva não é a aliança entre partidos e correntes sindicais. A missão é mais complexa, séria e abrangente. Exige comprometimento com o debate e deliberações nas bases.

Precisamos construir um movimento de oposição nacional que possa lutar autonomamente, unificado por bandeiras de luta comuns e organizados desde os locais de trabalho. Neste sentido, é necessário construir um movimento amplo, que defenda o caráter sindical-popular-estudantil, as lutas unificadas pela base e a ação direta de classe.

Diante uma realidade Nacional pós liquidação da CONLUTAS e formação da CSP – Conlutas que gerou um processo desorganizativo no conjunto dos setores combativos que procuravam se organizar e lutar contra o governismo da CUT e CTB, convocamos todos os trabalhadores e militantes do movimento sindical, popular e estudantil a participarem de uma Plenária Nacional de Movimentos, Militantes e ativistas de Oposição com o intuito de impulsionar os primeiros passos rumo a uma verdadeira reorganização do movimento sindical-popular brasileiro com vista a construção de uma alternativa classista e combativa para a juventude e a classe trabalhadora brasileira.


DIAS 16 E 17 DE OUTUBRO


RIO DE JANEIRO/RJ


LOCAL: Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II

(SINDSCOPE)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Próximas Reuniões

Reunião do Fórum de Oposição Sindical, Popular e Estudantil (FOSPE) - DF

dia 28/09, às 18:30

No SINDÁGUA


Reunião do Fórum de Resistência Sindical e Popular pela Base - RJ

dia 30/09, Às 19:00

Na ASSERTE

SETEMBRO “AMARELO”

Campanhas salariais sabotadas para não atrapalhar o circo eleitoral

Setembro é marcado por campanhas salariais de importantes categorias. Entre elas destacam-se metalúrgicos, petroleiros, bancários e trabalhadores dos Correios. O mês que outrora era denominado de “setembro negro” pela patronal devido a ser um período de greves radicalizadas, lembrando os heroicos combatentes palestinos que em setembro de 70 enfrentaram o exército jordaniano, transformou-se em um verdadeiro “setembro amarelo” pelas direções sindicais “chapa-branca” controladas pelo governo da frente popular.

Os sindicatos metalúrgicos nos principais pólos industriais estão fechando seus acordos coletivos, negociando isoladamente com os patrões por grupos de produção. Não é de surpreender que tanto os sindicatos ligados à CUT como aqueles dirigidos pela Conlutas ou mesmo a Intersindical, estão comemorando o mesmo índice obtido pela categoria de 9%, ambos frisando as vantagens do suposto “aumento real” de 4,5%. Em São José dos Campos, o Sindicato dos Metalúrgicos dirigido pela Conlutas festejou ter desenvolvido pela primeira vez a campanha salarial unificada com ninguém menos que as máfias da Força Sindical e da CGTB no setor das montadoras, um dos primeiros a fechar acordo coletivo, deixando para trás o setor aeronáutico que nem sequer recebeu proposta da Embraer.

O chamado “aumento real” está sendo utilizado como mote de campanha há algum tempo pelas direções sindicais para ser vendido como “vitória” nas campanhas salariais. Das direções cutistas à “oposição” capitaneada pela Conlutas e Intersindical, todos respeitam a maquiagem pincelada pelos institutos responsáveis nos índices oficiais e desprezam a exorbitante lucratividade das indústrias, montadoras e dos conglomerados financeiros que usaram o pretexto da “crise financeira mundial” para reduzir custos e demitir em massa. Este advento serviu para estes barões sangrarem as economias nacionais apresentando balanços negativos, recebendo do governo Lula isenção de IPI no caso de setores industriais, isenção no depósito compulsório junto ao Banco Central no caso do capital financeiro, ou mesmo anistia de suas dívidas, como foi recorrente no agronegócio.

As categorias nacionais que ainda não encerraram suas campanhas, não apontam perspectivas muito diferentes da adotada no setor metalúrgico. A FUP (Federação Única dos Petroleiros), ligada a CUT deve aceitar a proposta da Petrobras que varia em torno deste patamar de reajuste, de 8 a 9%. Os sindicatos que romperam com a FUP e gravitam em torno da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) retrocederam da proposta de greve para ser deflagrada em 25 de setembro diante da pressão da FUP em abraçar a nova proposta da empresa.

Os trabalhadores dos Correios, conhecidos como ecetistas, que representam o setor mais radicalizado destas categorias, protagonista de várias greves contra o arrocho salarial e o desmonte da estatal sob o governo Lula, estão bastante fragilizados. Os traidores da FENTECT ligados ao PT e ao PCdoB assinaram à revelia da categoria, no ano passado, o odiado “acordo bianual”. Esta era uma orientação da frente popular para ser seguida em categorias que mais se enfrentaram com o governo Lula, como correios e bancários. O objetivo era impedir campanhas salariais durante as eleições presidenciais, para evitar qualquer desgaste à imagem da sucessora de Lula. O resultado foi a empresa humilhar os mais de 110 mil trabalhadores com a esmola de 0,1% de aumento salarial, além de intensificar os ritmos de trabalho neste final de ano. A “resposta” da direção vendida da FENTECT foi comprometer-se a não realizar nenhuma greve até dezembro, período em que continuará “conversando” com a direção dos Correios.

O chamado “Bloco de Oposição” dos “17 sindicatos” (setores do PT, PSTU, PSOL e PCO) havia montado um plano de lutas que preparava a greve nacional para 15 de setembro, mas declinaram desta decisão temendo o enfrentamento direto com a burocracia sindical governista, já que uma parte dos sindicatos do “Bloco de Oposição” é ligada ao próprio PT, apoiadores da candidatura Dilma.

O comando de negociação dos bancários já passa pela 4ª rodada de negociação com os banqueiros agrupados na FENABAN. Além da truculência dos parasitas, a burocracia sindical cutista está bastante condicionada a não criar nenhum mal-estar com o setor do qual a economia brasileira é refém. Embora a Contraf-CUT cogite deflagração de greve nacional, aponta-a apenas para depois das eleições de 03 de outubro, uma vez que a primeira assembleia da categoria desta campanha salarial está indicada somente para 28 de setembro, muito embora esta enrolação já dure dois meses.

Enquanto a burocracia sindical governista conformada pelas centrais chapa-branca (CUT, CTB, Força Sindical...) seguem centralizadamente uma orientação política de não causar nenhum empecilho para a eleição da candidata oficial da burguesia e da burocracia sindical, Dilma Rousseff, mantendo assim o pacto social vigente nos oito anos do governo da frente popular, as direções auto-intituladas de esquerda, como PSTU e PSOL agrupados na Internsindical e na Conlutas, além do próprio PCO ardoroso defensor da CUT, desenvolvem uma campanha economicista vulgar desvinculado do combate político ao governo Lula. Na prática, buscam diferenciar-se dos pelegos governistas pelos índices econômicos reivindicados. No caso dos metalúrgicos, ficou demonstrado que nem este “diferencial” foram capazes de sustentar neste ano. A Conlutas vem padecendo dos mesmos vícios sindicais de seus parceiros e perdeu no Conclat uma oportunidade de tentar unificar pela base a campanha salarial das diversas categorias em luta, para colocar contra a parede o governo Lula, patrão dos trabalhadores dos Correios, petroleiros e um setor dos bancários.

É fundamental para enfrentar a ofensiva dos patrões a retomada dos métodos de luta de ação direta, com assembleias massivas democráticas e greves unificadas para arrancar verdadeiros aumentos salariais e fazer avançar a consciência política da classe, a fim de aumentar o potencial de combate contra os seus inimigos de classe que têm imputado derrotas econômicas, sociais e políticas aos trabalhadores.

Liga Bolchevique Internacionalista
www.lbiqi.org

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PLENÁRIA DE MOVIMENTOS DE OPOSIÇÃO –DFE


Diante uma realidade no Distrito Federal e Entorno de greves fragmentadas e corporativistas, dirigidas pelas direções sindicais pelegas que agindo com os patrões e o Estado impõe diversas derrotas para classe trabalhadora, convocamos todos os trabalhadores e militantes do movimento sindical, popular e estudantil a participarem da Plenária de Movimentos de Oposição do DF e Entorno com o intuito de impulsionar os primeiros passos rumo a uma verdadeira reorganização do movimento sindical-popular brasileiro:

DIA: 04 de Setembro (Sábado)

HORA: 13:30h

LOCAL: Auditório do Sindágua (CONIC – Venancio 5, sala 208)


Construir um Sindicalismo Classista e Combativo!

FORA CUT, CTB e UNE PELEGAS!


Apoiadores: trabalhadores metroviários, Sindágua-DF, trabalhadores gráficos, Oposição CCI ao DCE-UnB, Rede Estudantil Classista e Combativa.

Reunião do Fórum de Resistência Sindical e Popular pela Base - RJ

Proposta de Pauta:

- Informes
- Definição da política de propaganda (todos os textos já estão na rede)
- Plenária Nacional



DIA: 02 de Setembro (quinta)

HORA: 19:00

LOCAL: ASSERTE - Rua São José, 50 Sobreloja

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Reunião do Fórum de Resistência Sindical e Popular pela Base - Rio de Janeiro



Convidamos todos os lutadores para a reunião do Fórum de Oposição pela Base a ser realizado no Rio de Janeiro. Outros fóruns estão sendo organizados também no Centro-oeste, Nordeste e Sul.

O Fórum se constituiu a partir das plenárias organizadas no CONCLAT em Santos (Junho de 2010) para discutir e encaminhar possiveis atuações unitárias dos setores classistas e combativos do movimento sindical, popular e estudantil.

O Fórum tem como objetivo organizar a luta dos trabalhadores pela base e por isso se constitui com militantes, ativistas e movimentos por local de trabalho, estudo e moradia. Constituindo-se como uma alternativa de luta real para o conjunto da classe trabalhadora.

Local: Asserte - Associação dos Servidores da Funarte - Rua São José, 50 - Sobreloja)
Data: 17 de agosto (terça-feira)
Hora: 19:00

Pauta Proposta: - Organização (Manifesto, Programa Mínimo)
- Agitação e Propaganda
- Reunião Nacional

Plenária Nordeste


Ata da reunião estadual do Fórum de Oposições pela Base no Ceará

Presentes: Oposição Classista e Combativa ao DCE-UFC, Tendência Revolucionária Sindical-LBI, Rede Estudantil Classista e Combativa-CE

Pautas

1. Informes

a) Congresso dos Estudantes da UFC de 26 a 28 de agosto. A oposição escreverá tese ao Congresso.
b) Será realizado no dia 10 de agosto o Dia Nacional de Luta da Conlutas.
c) Está sendo realizado na UFC durante os dias 1 a 5 de agosto o Fórum Transnacional de Emancipação Humana, organizado pelo grupo Crítica Radical, que aderiu a campanha "humanitária" do imperialismo contra Cuba e sucursal do grupo Krisis no Brasil, inspirado por Robert Kurtz, defensor do direito de Israel a massacrar aos palestinos e suas
organizações políticas.

2. Pautas

a) Análise de Conjuntura e do CONCLAT
Foi feita análise de conjuntura internacional e nacional, reconhecendo uma ofensiva crescente da burguesia mundial contra os trabalhadores nas últimas três décadas, após a restauração capitalista na URSS e no Leste Europeu (1989-1991), a reação contra os ataques de organizações guerrilheiras afegãs de 11 de setembro (2001) chamada de "guerra ao terror" após e que agora se acentua com os governos do mundo todo impondo a conta da crise capitalista (2007-2009) sobre os trabalhadores. Estes ataques tem encontrado uma resistência heróica dos trabalhadores, mas não organizada a altura para frear e menos ainda para derrotar a ofensiva. Isto é assim, porque se por um lado as direções tradicionais do movimento como no Brasil no caso do PT e PCdoB assumiram diretamente a gestão do Estado burguês contra as massas, por outro, a ala esquerda da frente popular, encabeçada pelo PSOL e PSTU capitula tanto no plano teórico, político e economico a ofensiva imperialista, assumindo a organização da derrota das lutas e ainda quase sempre vendendo derrotas vergonhosas como vitórias, aumentando assim a perda de referência e a desmoralização da militância. Foi esta política de conciliação que levou a liquidação da Conlutas em favor da unidade com os pára-governistas da Intersindical/ PSOL e por isto o Conclat já nasceu falido como instrumento da classe trabalhadora, sendo sua implosão parte da pressão da frente popular, sobre os sindicalistas eleitoralistas do PSTU e do PSOL. No Ceará, até pouco tempo atrás o PSOL integrava a administração Luizianne Lins com quem este partido ainda mantém uma política de apoio critico. A Conlutas comemorou a conquista do Sindicato dos Rodoviários e faz propaganda nacional de sua condução no Sindicato da Construção Civil, mas o estado é onde o PSTU apresenta exemplos escandalosos de seu oportunismo, ocultando que a sua principal figura pública e dirigente histórico deste sindicato, Raimundão, vendeu-se para o governo da frente popular PT-PSB-PCdoB, tendo ingressado no partido do oligarca Cid Gomes (PSB). Apesar disto, o PSTU mantém uma política de convivência pacifica com o transfuga dentro do Sindicato. A mesma política oportunista se vê no movimento sindical (judiciários, professores e bancários) e estudantil (DCE-UFC) por parte do PSOL e PSTU. Tudo isto aponta para o fracasso do oportunismo eleitoral da Frente de Esquerda em 2010 e do oportunismo sindical no CONCLAT e necessidade urgente da construção de uma alternativa combativa e revolucionária dos trabalhadores e da juventude.

b) Manifesto e concepção do Fórum
Foi encaminhado a partir da reunião entre a TRS/LBI e companheiros da UNIPA no RJ, no dia 24 de julho uma proposta de Manifesto do Fórum de Oposição pela Base. A nosso ver o manifesto deve ter como objetivo dar visibilidade e organicidade ao Fórum como uma alternativa classista, combativa e revolucionária ao governismo e para-governismo. Deve abordar pontos importantes para o atual momento como o governo Lula/ PT, crise econômica, os fracassos do oportunismo sindical de PSOL/ Intersindical e PSTU no CONCLAT e a denúncia do circo eleitoral burguês. O objetivo do manifesto a ser assinado pelas entidades sindicais, estudantis e organizações políticas que compoem o fórum seria o de propagar um pólo de atração dos setores de oposição ao
governismo e oportunismo. O Fórum também seria uma ferramenta de frente e unidade classista entre as bases sindicais, estudantis e populares, um instrumento prático de exemplo para a vanguarda combativa do país superar o coorporativismo e o sectartismo que a
mantém em lutas isoladas e dispersas.

c) Agit. Prop.
Existe a necessidade de propagandear o Fórum nas respectivas bases, o que seria feito durante as atividades estudantis do Congresso da UFC, nas campanhas salariais do semestre, nas lutas de sem tetos, assmbléias sindicais, etc.

3. Encaminhamentos
a) Encontro regional Nordeste do Fórum

Ficou como data do Encontro o dia 21 de agosto (sábado), de 09:00 as 13:00 horas. As pautas seriam conjuntura nacional, armar a classe frente às eleições e depois delas e campanhas salariais.

b) Cartaz do Encontro Regional
A TRS ficou de elaborar proposta de cartaz.

c) A OCC-UFC ficou de conseguir o auditório da FACED até quinta dia 05 de agosto para o Encontro. Não sendo possível, a TRS arranjará algum sindicato.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Balanço da Reunião da Conlutas no RJ - Por LBI

Enviado por TRS

REUNIÃO DA “CENTRAL SINDICAL E POPULAR”

Uma “nova” Conlutas refém da velha política de colaboração de classes e do eleitoralismo



Entre os dias 23 a 25 de julho ocorreu no Rio de Janeiro, no auditório do Sindsprev, a plenária da coordenação nacional da chamada “central sindical e popular fundada no Conclat”. Mais de 250 pessoas entre delegados e observadores estiveram presentes ao encontro, a esmagadora maioria ligada a entidades controladas pelo PSTU, que desejava mostrar força na primeira reunião nacional após a implosão do autodenominado “congresso de unificação” de Santos.

Além da LBI estavam presentes as correntes políticas UNIPA, LER, LSR (PSOL), Espaço Socialista, os grupos regionais GAS e Conspiração Socialista e o próprio MTL (PSOL), que dirige o Sindsprev-RJ, sede do encontro e o mais fiel parceiro do PSTU no comando na “nova central”.

Como já é comum nas discussões no interior da Conlutas, nos pontos de análise de conjuntura nacional e internacional houve um amplo acordo político entre as correntes que intervieram no debate, a exceção da LBI. Do PSTU, passando pela LER e chegando até ao MTL e LSR, todo esse arco revisionista defende que a próxima gestão da frente popular capitaneada por Dilma Rousseff, no chamado período “pós-Lula”, será um governo frágil e imerso em crise. Depois de ficarem viúvas da ilusão que a crise econômica desatada com o crash de 2008 levaria ao fim do capitalismo mundial, essas correntes, diante da certa eleição da candidata do PT a presidente, uma expressão da força da frente popular e da estabilização do regime e não de sua bancarrota política e econômica, como previam esses catastrofistas, agora “prognosticam” o próximo governo de colaboração de classes como débil e fraco pela ausência da figura de Lula a frente do Palácio do Planalto.

Conforme alertou o companheiro Érico Cardoso intervindo no plenário da reunião nacional representando a LBI, esquecem esses impressionistas que a frente popular e seus aliados (PT, PMDB, PSB, PCdoB, PDT, PR e as pequenas legendas governistas) sairão das eleições presidenciais e estaduais extremamente fortalecidos, tanto para cargos executivos como parlamentares. Os partidos governistas contarão ainda com o plus da subserviência das direções “chapa-branca” do movimento operário (CUT, CTB, Força Sindical, CGTB e Nova Central), que trabalhando de forma unificada, como vimos na Conclat do Pacaembu, estarão ainda mais corrompidas e domesticadas na próxima gestão da centro-esquerda burguesa no país.

O ponto de maior polêmica ocorreu, porém, quando se debateu o balanço do Conclat de Santos e as chamadas “perspectivas da reorganização sindical e popular”. Como se tratou de uma discussão que envolve o futuro dos aparatos sindicais, os porta-vozes informais do setor capitaneado pela Intersindical no interior da “central sindical e popular fundada no Conclat” logo se fizeram ouvir. Esse papel foi assumido fundamentalmente pelo chamado Bloco de Resistência Socialista (BRS), dirigido pelo LSR (PSOL) e por setores do MTST. Ambos exigiram da direção do PSTU um “recuo em nome do diálogo”, propondo que não se definisse ali nem o nome da nova entidade, nem seu funcionamento e muito menos seu estatuto, priorizando as negociações de cúpula com a Intersindical sobre a base das condições que estes lançaram na plenária que fizeram conjuntamente com a Unidos para Lutar (CST/FOS) e outros setores. Como elemento de chantagem, o BRS anunciou que as entidades ligadas a ele, como a Federação Nacional dos Trabalhadores Gráficos, não iriam mais contribuir financeiramente com a “nova entidade” enquanto não houvesse uma unificação entre os setores rompidos em Santos.

A direção do PSTU, ancorada no apoio do MTL, manteve sua posição de definir o nome e funcionamento da nova entidade, inclusive defendendo que essa se denominasse “Conlutas – Central Sindical e Popular”. Zé Maria, Cacau, Mancha e Antenágoras alegaram que tinham feito todos os esforços para uma repactuação, mas a Intersindical e a Unidos para Lutar negaram essa possibilidade. Esses setores capitaneados pela Intersindical inclusive já discutem com o PCB e a ASS a possibilidade criação de uma entidade para barganhar com a Conlutas e o PSTU uma reunificação futura, depois das eleições, em melhores condições.

Na decisão tomada pelo PSTU pesou seus próprios apetites de aparato, já que sua direção deseja ver reconhecida a nova central pelo Ministério do Trabalho, para garantir verbas, estabilidade e liberação para seus burocratas sindicais, assim como a posição da ANDES, que fragilizada diante da criação pelo governo do PROIFES, deseja estar ligada a uma central reconhecida formalmente pelo Estado, a Conlutas, hoje a entidade no campo da fragmentada “oposição de esquerda” em um estágio mais avançado de organização para conseguir cumprir as draconianas condições ditadas pela legislação burguesa.

Nesse debate, afora os setores que defenderam a aceitação total ou parcial das condições ditadas pela Intersindical (BSR, MTST, Terra Livre, Espaço Socialista), os demais grupos regionais (GAS, Conspiração) e as correntes políticas seguiram a linha política traçada pelo PSTU. Limitaram-se a apoiar a proposta de realização do 10 de Agosto como dia nacional de luta. Este dia está sendo convocado com um eixo extremamente rebaixado e, na verdade, é uma “iniciativa” distracionista para encobrir a crise eleitoral e sindical em que está submersa a moribunda “oposição de esquerda”.

O companheiro Marco Antônio interveio neste ponto para esclarecer que a LBI considerava que a entidade que estava sendo criada naquele momento se estruturava política e organizativamente à direita do que havia sido a Conlutas. Bastava ver que o MTL, rompido com a central desde 2008, antes do Congresso de Betim, quando saiu acusando o PSTU de anti-chavista e aparelhista, agora retorna a entidade na qualidade de grande aliado do... PSTU. O mesmo MTL, cujo dirigente máximo Martiniano Calvalcante foi o maior defensor do apoio do PSOL a Marina Silva e que continua assessorando Heloísa Helena em sua campanha para o Senado em Alagoas, com esta fazendo dobradinha com a candidata burguesa do PV e negando-se a apoiar Plínio de Arruda Sampaio, o presidenciável do próprio PSOL!!!

A verdadeira “folha corrida” do MTL não impediu o PSTU não só de intervir em bloco com esses oportunistas no Conclat e na reunião nacional do Rio de Janeiro, como os morenistas
acabam de selar uma esdrúxula aliança eleitoral com o MTL em Goiás, onde o PSOL é controlado pessoalmente por Martiniano Cavalcante. Washington Fraga, candidato a governador da frente PSOL-PSTU em Goiás, militante do MTL, ao melhor estilo de Heloísa Helena, defende pérolas como “uma plataforma ética, contemporânea, republicana, democrática e socialista para dialogar com a sociedade civil”. (http://washingtonfraga.blogspot.com/.)

Por fim, a LBI defendeu a construção de um pólo classista na Conlutas, que atue como fração pública na nova entidade, contra a política de colaboração de classes da sua direção e em defesa da democracia operária. Pretendemos, junto com outros agrupamentos políticos, sindicatos classistas, oposições combativas e ativistas de base independentes impulsionar uma plenária nacional dos setores classistas e revolucionários para organizar a luta por uma alternativa de direção dentro da própria Conlutas e para além dela, na base do movimento operário, popular e estudantil, com o objetivo de preparar a luta contra Lula e o novo governo da frente popular que se avizinha.

www.lbiqi.org

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Avaliações dos Delagados de Base da Cultura-RJ e da ASSINES.

De qual unidade precisamos?

Contribuição para uma avaliação do II Congresso da CONLUTAS e do Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), Santos/SP, junho de 2010

A Associação dos Servidores do INES/Seção Sindical (Assines-SSind) divulgou o II Congresso da Conlutas e o Conclat na sua base, incentivou a discussão das teses apresentadas, convocou uma Assembléia, promoveu um debate e, por fim, enviou alguns delegados que participaram ativamente de todas as discussões travadas em Santos. Neste sentido, face aos acontecimentos que já são de amplo conhecimento, esta Associação – sabedora de que há ainda muito a ser feito, especialmente no sentido de aprofundar esse debate com suas bases – visa contribuir agora para as tarefas que se colocam para o nosso Sindicato e para os demais sindicatos combativos, assim como para todos os militantes da Classe Trabalhadora.

Considerando que:

1) A Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS) foi uma Central Sindical e Popular criada a partir do I Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONAT), realizado em Sumaré/SP em maio de 2006, do qual participaram cerca de 2.700 delegados dos mais de 3.500 eleitos na base, para lutar contra os patrões e o governo Lula/PT (representando a continuidade das políticas neoliberais), e que, para isso, também deveria combater as centrais sindicais pelegas e governistas;

2) A Conlutas, após participar ativa e corajosamente de importantes lutas da classe trabalhadora brasileira, especialmente nos primeiros anos de sua fundação, passou por um processo de dissolução nos últimos anos em prol da criação de uma nova Central com outros setores, em especial, com a Intersindical, que negava se integrar à Conlutas e que congregava uma série de grupos, alguns dos quais ainda ligados à CUT;

3) Neste ano, foi convocado um amplo Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat) no qual se iria acabar com a Conlutas e se criar uma nova Central, com a presença de uma parte desses setores;

4) Apesar das várias divergências políticas a respeito deste processo e das limitações indicadas a seguir, centenas de entidades de trabalhadores compareceram ao Conclat e seus cerca de 3.100 delegados votaram pela criação de uma nova Central, sendo que, na votação a respeito do nome da nova entidade, alguns setores se retiraram da Plenária, o que deu origem a novas divergências e a um novo processo de disputa a respeito dos rumos do movimento e da direção da nova central que se denominou, em votação, Conlutas-Intersindical: Central Sindical e Popular.

Avaliamos que:

1) O debate e a mobilização para a criação desta nova central não foram tão amplos em relação à tarefa que está colocada para a Classe Trabalhadora na conjuntura atual e, salvo algumas poucas exceções, ainda não chegou às bases das entidades, aos locais de trabalho e à grande massa desorganizada dos trabalhadores;

2) Os critérios estipulados antes e ao longo do processo de criação da nova central acabaram por cercear a discussão e reproduzir práticas que os setores classistas e combativos do movimento sindical denunciam há décadas, como foi o caso dos altos preços cobrados para a participação; dos observadores não terem direito à voz e, por fim, sua quase expulsão do Plenário; o caráter acessório que foi atribuído aos grupos de discussão, que não levaram muitas propostas ao Plenário; apesar da discussão de algumas questões importantes, especialmente do ponto de vista organizativo (caráter da central, composição de sua direção, etc), outras discussões centrais foram deixadas de lado (como de programa e estratégias de luta) em detrimento de outras questões (nome);

3) A nova Central nasce dividida e a maneira como ela se formou e como vem se dando a disputa pela sua direção, ao invés de fortalecer, está enfraquecendo a luta por uma verdadeira unidade da classe trabalhadora e a torna um instrumento muito débil para dar o devido enfrentamento aos patrões, ao governo e às centrais pelegas e governistas, tal como se verifica nas notas de avaliação divulgadas após o Conclat, que foram assinadas pelas mesmas entidades que se propuseram antes a se unificar e que, teoricamente, teriam se dissolvido (parte da Intersindical e Conlutas), assim como na recente Nota em que a Secretaria eleita em Congresso assina como “Secretaria Executiva Nacional (Provisória) da Central Sindical e Popular fundada no Conclat” e retira a “Intersindical” do nome;

4) A unidade que deve ser defendida pelos lutadores é a unidade daqueles que querem lutar, ou seja, daqueles que fazem o combate intransigente frente ao governo Lula/PT e às suas centrais coligadas: CUT, CTB e demais centrais pelegas;

5) A luta por esta verdadeira unidade se dará a partir da base, com a organização dos trabalhadores em entidades e oposições combativas contra os governistas da CUT, CTB, Força Sindical, etc, que organizem todos os trabalhadores a partir dos seus locais de trabalho e lutem efetivamente contra os patrões e as direções vendidas dos sindicatos patronais e/ou governistas a partir de greves gerais, estratégias combativas de luta e de uma agenda anti-governista de lutas;

6) Essa unidade, portanto, só será possível caso os militantes que atenderam ao chamado da antiga Conlutas e, agora, da “Central Sindical e Popular fundada no Conclat” venham a defender e a lutar intransigentemente contra as centrais pelegas e governistas, o que significa, na prática, fazer o trabalho de base – formar, organizar e fortalecer estas oposições na base, assim como defender uma agenda anti-governista de lutas das diversas categorias frente aos patrões, buscando unificar as lutas da classe contra a fragmentação e a falsa “unidade dos trabalhadores” defendida pela CUT e demais centrais pelegas;

7) Essa é a única maneira de fazer com que essa nova Central – que devemos lutar para construir – se apresente como um instrumento eficaz de luta e como uma verdadeira alternativa de direção para a classe trabalhadora.

Rio de Janeiro, 23 de junho de 2010.

Assines-SSind



Caros Culturais,

No feriadão de Corpus Christi (3 a 6 de junho), foi realizado o 2o Congresso da Conlutas e, logo após, o Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). A pretensão dos congressos era reorganizar a classe trabalhadora para as lutas sociais em resposta a opção da CUT e das demais centrais sindicais em defender uma pauta governista-empresarial. Para isso, um dos objetivos seria fundar uma nova central que se constituísse em um pólo alternativo, ancorado em um programa anticapitalista, antiimperialista e socialista. Por mais que esse debate já venha ocorrendo há mais de um ano, entendemos que os congressos não deveriam se restringir somente em referendar posições já tomadas anteriormente, como observamos anteriormente, mas sim priorizar o confronto de ideias em vez dos acordos firmados entre as cúpulas partidárias. Nesse sentido, classificamos como insatisfatória a organização e o tempo destinado às mesas e grupos de discussão, em detrimento de mesas de aberturas intermináveis e eventos reservados ao lançamento de candidaturas eleitorais.

As principais deliberações do Congresso da Conlutas foram: 1) a fusão da Conlutas com a Intersindical criando uma nova entidade que reunisse todas as entidades, especialmente as sindicais em torno de uma nova central da classe trabalhadora; 2) que esta Central reunisse o movimento sindical e popular, mais os estudantes e movimentos de opressão sob o limite de 5% de participação; 3) o nome da nova central seria Conlutas-Intersindical.

Nos dias 5 e 6 de junho, foi a vez do Conclat, evento que reuniu o dobro de participantes em relação ao evento anterior, contando com cerca de 4000 inscritos, entre delegados e observadores. Vinte teses foram apresentadas e entre os princípios pautados constaram a ação direta dos trabalhadores em luta, a independência em relação ao Estado e ao patronato, o internacionalismo, a unidade e a democracia proletária. Dentre os principais pontos de discussão, versaram sobre a estratégia das forças de esquerda para as eleições, o caráter e o nome da nova central e a eleição da direção. Em relação ao princípio da independência em relação ao Estado e ao patronato, cabe destacarmos que embora ele estivesse presente no debate, em momento algum foi discutida a recusa pela nova entidade do recolhimento do imposto sindical obrigatório, que inviabiliza qualquer autonomia frente ao Estado.

1) Estratégia da esquerda: o debate foi centralizado na discussão se a nova central deveria defender e apoiar uma frente de esquerda entre PSOL, PSTU e PCB repetindo a aliança conformada em 2006 (defendida por setores ligados ao PSOL) ou denunciar as candidaturas que representam os interesses governista-empresariais, não defendendo nenhum apoio específico aos candidatos da esquerda (Plínio de Arruda Sampaio – PSOL; Zé Maria – PSTU; Ivan Pinheiro – PCB), saindo, apenas, com uma plataforma de reivindicações a ser apresentados a estes. A segunda tese, defendida majoritariamente pelo PSTU, saiu vencedora sob o argumento de que a pulverização em três candidaturas com programas diferenciados, inviabilizaria a repetição da Frente.

2) Caráter da nova central: o entendimento dos delegados é de que a central será composta por sindicatos, movimentos populares, estudantes e movimentos de opressão, restando aos dois últimos um percentual máximo de 5% nas deliberações da entidade. Esta posição foi duramente debatida, pois havia posicionamentos múltiplos a essa questão, em especial a crítica à participação estudantil numa entidade de trabalhadores e a crítica ao limite imposto de 5% sobre sua participação nos processos decisórios.

3) Nome da central: este ponto foi aquele em que ocorreu a maior divergência no congresso, provocando uma ruptura das correntes políticas Intersindical, Movimento Avançado Sindical e Unidos para lutar, que não concordaram com o nome aprovado pela maioria dos delegados “Conlutas-Intersindical - Central Sindical e Popular”. Entendemos que o que as correntes mencionadas acima, ligadas ao PSOL e movimentos populares, não queriam de fato era carregar um “fardo” (o nome “Conlutas) já que se sentem ameaçadas de serem conduzidas pela política partidária do PSTU; Sob o argumento de que o nome Intersindical representaria uma síntese das lutas dos últimos anos, o setor majoritário da Conlutas, conduzido pelo PSTU, inoportunamente, mesmo sob diversos pedidos contrários, que sugeriam nomes não vinculados a nenhuma corrente política.

Qual o pano de fundo? A nós, entendemos como inaceitável restringir o debate a uma polêmica de menor porte. Vale ressaltar que debates fundamentais (recolhimento do imposto sindical, trabalho de base realizado pela nova central, construção de movimentos unificados) ficaram pelo caminho. Repetindo o Congresso da Conlutas em 2008, mais uma vez o maior evento do campo sindical de esquerda não delibera por uma plataforma concreta de lutas. Também nos preocupa a falta de um rompimento concreto com a CUT, em defesa da manutenção de uma política de alianças pontuais com os setores pelegos e governistas, sob o argumento de que é preciso disputar os trabalhadores filiados à CUT. Essa tática de “unidade de ação” tem se mostrado equivocada na medida em que dificulta a diferenciação clara de quem é quem no cenário político, permitindo que as forças políticas ligadas ao governo Lula e o empresariado se recomponham e realizem uma blindagem das bandeiras e encaminhamentos da luta em favor do governo.

Foi eleita uma direção com 21 componentes que funcionará em caráter provisório até a próxima reunião daqui a dois meses, tempo em que será realizada uma convocação para que as correntes rompidas recomponham a organização.

Balanço final. Apesar do tom pessimista passado ao longo do texto, especialmente pela incapacidade das correntes de esquerda em se reorganizarem em torno de um projeto unificado de luta em favor da classe trabalhadora, compreendemos que esta reorganização de forma alguma passa por retroceder politicamente em torno de entidades, especialmente a CUT, que praticam uma política apodrecida e entregue aos ditames governista-empresariais. Apontamos para o aprofundamento das discussões nas bases como estratégia que sintetize uma fusão que não se conforme artificialmente por meio de palavras de ordem, mas por uma vontade coletiva que seja fruto da necessidade concreta de uma nova ferramenta de luta dos trabalhadores.

Bruno Gawryszewski (Escola Nacional de Circo)
Izabel Costa (FUNARTE)
Delegados eleitos pela base da Cultura no Rio de Janeiro

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Avaliações

Camaradas, estou enviando abaixo um apanhado geral de algumas notas e avaliações lançadas em relação aos Congressos da Conlutas e CONCLAT. Tentei reunir as notas das correntes hegemônicas e das que realizaram o racha no congresso e outras de grupos que participaram de nosssa Plenária de Movimentos de Oposição e ainda outras fáceis de achar publicadas na net.



LIQUIDAÇÃO DA CONLUTAS E FRACASSO DO CONCLAT: O DESTINO DO OPORTUNISMO É A DERROTA DA CLASSE

UNIPA – União Popular Anarquista

Nos dias 03 e 04 de junho aconteceu o II congresso nacional da CONLUTAS e, nos dias 05 e 06 houve o Congresso Nacional da Classe Trabalhadora - CONCLAT, este último convocado para a unificação da CONLUTAS com a INTERSINDICAL. O resultado final de ambos os congressos foi um retumbante fracasso. Infelizmente, tal fracasso não foi apenas o dos objetivos oportunistas de PSOL e PSTU, também foi uma derrota da classe trabalhadora em relação às tarefas organizativas essenciais que precisamos cumprir para fazer frente ao governismo, que impõe a apatia e o imobilismo aos trabalhadores com o objetivo de facilitar a deterioração das nossas condições de trabalho e o ataque de governos e patrões aos nossos direitos.

A UNIPA combateu e combate o oportunismo do PSTU, setor majoritário da falecida CONLUTAS.[i] A exatamente 4 anos atrás nós afirmávamos:

“...a nova central (CONLUTAS) deve ser entendida como o grande campo anti-governista do Brasil e, como tal, deve ser disputada pelos revolucionários, para que o oportunismo eleitoral e as tendências burocratizantes do campo majoritário não prevaleçam.A tarefa agora é consolidar a CONLUTAS enquanto entidade representante do setor anti-governista da classe trabalhadora, para isso sua construção pela base tem que ser fomentada. Portanto, se faz necessária a construção de uma política efetiva de atração das demais frações do proletariado brasileiro. Ao mesmo tempo é urgente o estímulo a organização das oposições sindicais dos setores privados.” (CONAT: A construção da Central do proletariado Brasileiro. In: Causa do Povo, 25, junho/julho 2006. Encontrado: www.uniaoanarquista.org)

Infelizmente, as tendências burocratizantes que combatíamos levaram o PSTU muito precocemente à uma política de liquidação da CONLUTAS para adequar-se às exigências chantagistas de setores do PSOL que se negaram a romper com o governismo no movimento sindical/popular. Assim, viu-se uma CONLUTAS, guiada por seu setor majoritário, que abdicou de todas as tarefas essenciais para sua consolidação, como a construção pela base, a organização das oposições sindicais e a integração das frações mais exploradas do proletariado. Indo justamente contra as tarefas que deveria cumprir, o setor majoritário insistiu no chamamento da INTERSINDICAL para-governista para integrar-se ao projeto, mesmo tendo consciência que isto acabaria com o caráter anti-governista que era fundamental para a CONLUTAS.

A exclusão dos trabalhadores pelo setor majoritário da CONLUTAS.

Desde o início das negociatas entre PSTU e PSOL, em curso desde 2006, para se fazer a fusão, nós indicamos que tal método cupulista era extremamente danoso para o desenvolvimento da CONLUTAS enquanto alternativa de organização para o conjunto da classe trabalhadora e, por conseguinte, para o projeto de unificação das lutas em torno de um programa classista. Nos últimos anos, a unificação sistemática das ações da CONLUTAS com as centrais governistas (CUT e CTB) foi o pior sintoma da degeneração política que este tipo de relação com a INTERSINDICAL poderia causar.

Já durante o processo de preparação dos congressos de Santos, a falta dos debates nas bases e a recusa da discussão programática também já davam a tônica da política desorganizadora e desastrosa que PSOL e PSTU forjavam nos acordos entre suas respectivas correntes. Nos acordos de cúpula celebrados entre PSOL e PSTU já havia sido definido de antemão a restrição da participação de uma fração inteira da classe trabalhadora: os estudantes, que puderam tirar apenas cerca de 120 delegados. Isso mesmo antes da deliberação congressual sobre o caráter da nova central.

Assim, o congresso da CONLUTAS foi construído com a presença de aproximadamente 1800 delegados, o que representou uma perda de mais de 30% em relação ao número de delegados dos congressos anteriores (Betim, com 2814 e Sumaré, com 2729). Já o CONCLAT teve cerca de 3100 delegados, o que representa um acréscimo de apenas 10% em relação ao penúltimo congresso da CONLUTAS em Betim, que não teve a presença do MTL. Ou seja, a política levada a cabo pelo PSTU durante praticamente todo o período de existência da CONLUTAS afastou a base para promover a unificação com um setor sem a menor representatividade na classe. E ainda assim (ou talvez por conta disso) fracassaram.

A INTERSINDICAL, para quem o PSTU armou a festa, assim como fez o acordo o desfez: pela cúpula. Saiu do CONCLAT sem nenhum ônus político, pois nunca teve base para prestar satisfações. Já o PSTU, além da desmoralização, liquidou a CONLUTAS na certeza da unificação e, no fim das contas, ainda teve a deserção da CST/UNIDOS como saldo. Mergulhou no ridículo ao afirmar a criação da fraude CONLUTAS-INTERSINDICAL e levou consigo, infelizmente, o crédito da classe trabalhadora numa central classista a ser construída a curto prazo.

Até as vésperas do CONCLAT, no derradeiro congresso da CONLUTAS, expusemos a crítica sempre afirmando que o resultado de tal oportunismo seria a destruição do projeto classista dos trabalhadores, tal como já denunciávamos desde 2006. Assim como nós, várias outras forças minoritárias que atuavam dentro da conlutas já indicavam o resultado dessa política oportunista. Assim, fica evidente que o PSTU não desconhecia a possibilidade do efeito desorganizador desastroso para a classe trabalhadora que essa fusão representava. Muito pelo contrário, não só o setor majoritário conhecia essa possibilidade como aceitou como plausível tal retrocesso na política classista desde que seus interesses estratégicos de aliança com o PSOL pudessem ser atendidos. PSTU e PSOL jogaram contra os interesses da classe trabalhadora assim como fizeram muitos PCs stalinistas pelo mundo e assim como fez e faz o PT desde seu surgimento até hoje.

A alma petista de PSOL e PSTU também se manifestou de outras formas, como a extrema burocratização e autoritarismo dos congressos, que cassou o direito a voz dos observadores, cobrou taxas exorbitantes para divulgação e venda de materiais políticos tinha como objetivo inocultável impedir a manifestação da base e de forças minoritárias; e a capitulação aos moldes burgueses, com a terceirização da organização dos eventos e a atuação constante de militantes do PSTU em defesa dos caprichos dos donos do centro de convenções, ameaçando militantes das forças minoritária com multas e outras punições pelo simples fato de expormos nosso material de propaganda em áreas que desagradavam aos proprietários burgueses.

O compromisso com as tarefas fundamentais da classe garantido pela base

Durante a história da CONLUTAS os militantes da UNIPA sempre afirmaram a necessidade da construção da central dos trabalhadores pela base. Nesse sentido atuamos na base de nossas categorias e nos organizamos dentro da CONLUTAS com outras forças minoritárias para defender este e outros pontos programáticos classistas. Este trabalho que assumimos permitiu um pequeno, mas significativo, acúmulo de forças nas bases de diversas categorias para propor a plenária de movimentos de oposição durante o CONCLAT.

Apesar da inferioridade numérica, sem dúvida foi dessa plenária que saiu a única proposta concreta de construção de uma alternativa à hegemonia governista que paralisa o movimento dos trabalhadores em todo o país. Composta por integrantes de oposições sindicais de base de várias regiões, a plenária assumiu para si a tarefa de defender a construção pela base de um instrumento classista de unificação das lutas do proletariado. Com a deliberação de criar meios de integração inicialmente das oposições ali presentes e realizar outras reuniões nacionais de oposições classistas e combativas.

A UNIPA desde 2006 apontou políticas necessárias para reconstrução do movimento sindical, particularmente. Apontávamos, e continuamos a afirma que a necessidade de um movimento sindical pela base que rompa com o legalismo, o corporativismo e a ilusão democrática burguesa da via parlamentar. Durante todos esses anos reafirmamos a necessidade de lutar contra a estrutura sindical e construir uma política efetiva de rompimento com o governismo e com o método de luta, pacifista e legalista. Uma vez que o setor majoritário só retrocedeu nestas políticas, ou sequer tentou implementá-las desde 2006, isso culminou na infeliz liquidação da Conlutas no deplorável congresso de Santos. Convocamos todas(os) para construir um forte movimento de construção do sindicalismo classista e combativo, pela base – organização por local de trabalho - que tenha como norte a política de anti-conciliação de classe, anti-governista, que lute para destruir o sindicalismo de estado – fim do imposto sindical por exemplo - e que não tenha como centro da ação política a luta parlamentar.



[i] Para acompanhar este debate ver os comunicados números 11, 19, 23, 24 e 25 e os números do jornal do “Causa do Povo” 24, 26, 28, 29, 37, 43, 48

Abaixo o Sindicalismo de Estado!

Construir um Sindicalismo Classista e Combativo!

Por um Movimento Nacional de Oposições Sindicais Populares Estudantis!

Santos - Junho de 2010

Como deliberação da Plenária em Santos as primeiras discussões são os documentos apresentados no CONCLAT e as avaliações dos militantes e grupos que participaram do congresso.